sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Apenas mais um poema...

Um lápis na mão, sem nenhuma borracha, escrevendo mais 100 versos perfeitos
Preciso morrer para me sentir vivo, pois só um funeral me agrada
Mande rosas para mim, para eu poder despedaçá-las e colocar no meio de meus livros
Palavras sinceras, nenhuma que te acata, 
Mestre em disfarces, escondo meu eu verdadeiro de todos
Olhe para mim, sou o que parece, e não o que esperava
Daqui alguns dias os lobos virão me comer
O meu cheiro atrai eles, é uma cilada
Sem fim, sem orientação e sem sentido
Andando vagarosamente, cuspindo em uma lata amaçada
Acorrentado e em chamas, por dentro ainda estou vivo
Olho para tudo, não vejo lua nem sol, não vejo mais nada
Fantasmas me puxam, minha mãe grita meu nome, e eu vejo uma luz no fim do túnel,
Fim do poema, era apenas um trem de carga.

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